Por Suanny Morais
A dúvida é comum: açúcar ou adoçante, qual é o melhor? Para quem busca uma alimentação mais equilibrada, controlar o consumo de açúcar e entender as diferenças entre essas duas opções é um passo importante rumo à saúde e ao bem-estar.
Se você já se perguntou se deve continuar usando açúcar ou trocar por um adoçante, esse conteúdo vai te ajudar a entender os prós e contras de cada um, de forma clara, objetiva e com base na ciência da nutrição.
Qual a diferença entre açúcar e adoçante?
O açúcar comum, como o que usamos para adoçar o café ou preparar sobremesas, é geralmente extraído da cana-de-açúcar ou da beterraba. Ele fornece 4 calorias por grama e é rapidamente absorvido pelo organismo, promovendo um pico de glicose no sangue. Embora forneça energia imediata, o consumo excessivo está associado ao aumento de peso, maior risco de diabetes tipo 2 e outras complicações metabólicas.
Já os adoçantes — que podem ser naturais ou artificiais — têm um poder de adoçar muito maior que o do açúcar e, em grande parte dos casos, possuem zero ou poucas calorias.
Adoçantes naturais
Os adoçantes naturais são extraídos de plantas, frutas ou outros alimentos. Os mais conhecidos são:
Stevia: extraída de uma planta sul-americana, não altera a glicemia e tem sabor marcante.
Frutose: presente nas frutas, tem um sabor doce, mas pode impactar a glicemia se consumida em excesso.
Sorbitol e Xilitol: polióis com sabor suave, geralmente usados em balas e chicletes sem açúcar.
Adoçantes artificiais
Os adoçantes artificiais são produzidos em laboratório e não possuem valor calórico significativo. Exemplos incluem:
Aspartame
Sucralose
Ciclamato
Sacarina (derivado do petróleo)
Esses nomes costumam aparecer nos rótulos de alimentos diet ou light, e têm um poder de adoçar de 100 a 600 vezes maior do que o açúcar.
Adoçante faz mal? Açúcar pode ser usado?
A verdade é que os dois devem ser usados com moderação. Enquanto o açúcar em excesso pode contribuir para o ganho de peso, resistência à insulina e aumento do colesterol, o consumo exagerado de adoçantes também tem sido estudado quanto a possíveis impactos na microbiota intestinal (as “bactérias boas” do intestino).
Isso significa que nenhum dos dois é isento de efeitos colaterais se o consumo for elevado e frequente.
Qual é o melhor: açúcar ou adoçante?
A resposta depende do seu objetivo de saúde e estilo de vida. Para pessoas com diabetes, os adoçantes são aliados por não elevarem a glicose no sangue. Já para quem prefere manter uma alimentação mais natural, o açúcar em pequenas quantidades pode ser uma opção — desde que o consumo esteja dentro dos limites recomendados.
Se optar por usar adoçante, prefira os de origem natural, como a stevia ou o xilitol, que têm menos efeitos colaterais relatados e são mais bem tolerados pela maioria das pessoas.
Dica da Nutri
A chave está no equilíbrio e na escolha consciente. Ao invés de buscar soluções extremas, observe seu dia a dia e veja onde é possível reduzir o consumo de açúcar ou alternar com adoçantes, sem abrir mão do sabor e do prazer de comer bem.
Lembre-se: a melhor escolha será sempre aquela que respeita sua individualidade e está alinhada com seu objetivo nutricional.