Por: Roseane Nabas
Saiba o que é sarcopenia e a importância do manejo adequado para preveni-la ou repará-la.
Envelhecer é um processo natural, que ocorre com todos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de pessoas com idade superior a 60 anos chegará a 2 bilhões até 2050, representando um quinto da população mundial. Em 2030, o Ministério da Saúde estima que o Brasil tenha a quinta maior população idosa do mundo.
Entretanto, o aumento da idade traz consigo diversas mudanças, não somente nos números, como também na aparência e no organismo. Entenda melhor sobre isso.
O envelhecimento e as alterações nos sistemas do organismo
O passar do tempo traz consigo alterações nos diversos sistemas do organismo, levando a perdas progressivas nas mais variadas funções.
Uma das grandes perdas está relacionada ao sistema musculoesquelético, que é de grande importância, tendo em vista que o declínio da matriz óssea e do tecido muscular associados ao aumento do tecido adiposo e da inflamação sistêmica ocasionam ao idoso uma diminuição da funcionalidade e aumento do risco de quedas e morbidades.
Músculos: a sarcopenia na terceira idade
Falando em força muscular, é bastante comum que ela diminua na terceira idade, por isso, merece atenção redobrada. A perda da massa, da força e da função muscular caracterizam a síndrome geriátrica denominada de sarcopenia. Seu desenvolvimento é multifatorial e envolve fatores como a inatividade física, baixa ingestão proteica, alterações hormonais (por exemplo, maior resistência à insulina, diminuição nos níveis séricos de vitamina D), dentre outros.
O European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP), em 2010, recomendou que o diagnóstico da sarcopenia seja baseado na redução da massa muscular, obrigatoriamente associada à redução da força muscular e do desempenho físico (função muscular). Dessa maneira, é dividido em três estágios: pré-sarcopenia, onde tem-se somente a perda da massa muscular; sarcopenia, onde, além da perda da massa muscular, tem-se a perda da força ou função muscular; e sarcopenia grave, onde ocorre a perda da massa, força e função muscular.
Como tratar a sarcopenia?
O tratamento da sarcopenia baseia-se em intervenções farmacológicas e não-farmacológicas (que envolvem principalmente intervenções nutricionais e exercícios físicos). A inclusão da atividade física precoce pode refletir em menor perda de massa e função muscular na velhice. Exercícios de resistência, flexibilidade e funcionais apresentam resultados satisfatórios no manejo da sarcopenia.
A terapia nutricional é tida como uma estratégia fundamental para prevenir o declínio da massa e da força muscular, inerentes ao avançar da idade e manter a capacidade física e independência.
A ingestão adequada de proteínas e a suplementação de aminoácidos essenciais são indicadas para prevenir e tratar a sarcopenia. Os aminoácidos essenciais, especialmente a leucina, são capazes de estimular a síntese de proteína muscular. A reposição de vitamina D também tem mostrado efeito na melhora da força muscular e desempenho físico.
A suplementação como forma de prevenção
Estudos demonstram que a suplementação de proteínas, quando associada à prática de exercícios, promove recuperação progressiva na massa e função muscular. Seu consumo deve ser entre 0,8g/kg/dia a 1,2g/kg/dia, distribuídas de modo igualitário entre as principais refeições. Pacientes com baixos níveis séricos de vitamina D, definido em geral por valores abaixo de 30 ng/ml de 25(OH) vitamina D, devem ser incentivados à suplementação (5mcg de colecalciferol).
Dessa maneira, destacamos a importância da suplementação nutricional associada à atividade física tanto para prevenção, como para o tratamento da sarcopenia no paciente idoso.
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