Por: Luana Lacet

“Mas é só um docinho”. Se você é mãe, pai ou convive com crianças, com certeza já ouviu essa frase, não é mesmo?

Isso é natural, já que, para o adulto, é muito difícil resistir à tentação de oferecer guloseimas para as crianças. No entanto, estudos relatam que o excesso de consumo de açúcar na infância pode ser bastante prejudicial à saúde e desenvolvimento dos pequenos.

Hoje, vamos abordar a introdução de açúcar precoce na infância. Continue aqui e entenda mais sobre este assunto.

O açúcar na infância 

O açúcar na infância é maléfico porque está associado à hiperatividade, dificuldade de concentração, irritabilidade e outros problemas psicológicos.

Ele também ocasiona uma diminuição de antioxidantes, como glutationa e catalase, o que leva a um aumento do estresse oxidativo e influencia a imunidade e o metabolismo. Além disso, também afeta a qualidade e duração do sono, podendo alterar a produção do hormônio do crescimento, mecanismos metabólicos e reações enzimáticas. 

Ainda, como consequência, o açúcar pode desencadear alergias, intolerâncias alimentares e doenças intestinais. 

Entre os possíveis efeitos neurais do consumo de açúcar na infância estão prejuízos ao desenvolvimento da memória e da coordenação motora, redução do antioxidante glutationa e aumento do nível de malondialdeído (MDA) no cérebro. Este último contribui para o desenvolvimento do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).

“Mas é só um docinho!”

Se você é mãe ou pai e já tentou preservar seu filho desta introdução precoce, possivelmente já escutou inúmeros palpites que costumam ser dados por familiares, amigos, vizinhos e, às vezes, até por desconhecidos.

Mas, ao mesmo tempo, se recusou essa oferta e se manteve o seu pequeno longe do consumo de itens adoçados, está seguindo os passos certos para cuidar da saúde dele.

Principalmente nos dois primeiros anos de vida, as frutas e bebidas oferecidas às crianças não devem ser adoçadas com nenhum tipo de açúcar: branco, mascavo, cristal, demerara, açúcar de coco, xarope de milho, mel, melado ou rapadura. Inclusive, deve-se ter atenção às preparações dentro e fora do lar, consumidas pelas crianças, que podem conter açúcar, como bolos, biscoitos, doces e geleias.

O açúcar está sempre presente, basta ter atenção em rótulos de produtos processados. Seu sabor é associado ao prazer instantâneo, já que a recompensa neuronal pelo consumo de açúcar se dá pela rápida liberação de dopamina. No entanto, cada vez mais, a ciência o coloca no alvo dos prejuízos à saúde. 

Crianças não devem consumir açúcar antes dos dois anos

Estudos mostram que a ingestão de doces antes dessa idade eleva o risco de obesidade tanto na infância, quanto na adolescência.

Quando comemos doce, nosso metabolismo eleva os níveis de glicose e estimula o pâncreas a produzir e liberar um hormônio chamado insulina, que, por sua vez, vai transformar essa glicose em energia. Por consequência, a energia se torna estoque de gordura, que leva ao aumento de peso.

De acordo com as novas diretrizes, pessoas com idade entre 2 e 18 anos não devem comer nem beber mais do que 25 gramas de açúcar por dia – o equivalente a 6 colheres de chá.

Já bebês e crianças não devem ter contato com o açúcar, especialmente nos primeiros dois anos de vida! Está mais que comprovado cientificamente que os primeiros mil dias de vida são cruciais para a saúde do indivíduo com repercussões por TODA A VIDA!

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Na Nutrir Saúde, você encontra alimentos e suplementos para crianças sem açúcar, além de fornecer micro e macronutrientes que promovem a saúde. Confira algumas sugestões:

– Gomas vitamínicas infantis sem açúcar, corantes artificiais ou adoçantes artificiais;

– Multivitamínico na forma de suco em pó sem açúcar, para preparo com água ou uso em receitas;

– Multivitamínicos sem açúcar, para preparo com leite ou como ingredientes de receitas;

– Opções para substituição de achocolatados e similares.

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